"Consideram-nos um investimento seguro", diz diretor-geral
O que motivou este regresso a Portugal?
Lisboa era a única capital europeia onde a Cartier não estava presente, o que para nós não fazia sentido. Em 2009, deixámos de facto o Chiado, onde estávamos num espaço demasiado pequeno sem o enquadramento adequado à marca. Queremos um lugar com um posicionamento mais luxuoso adequado às novas lojas Cartier.
Compensa estar numa cidade como Lisboa e num país como Portugal?
Sim, porque Portugal é atualmente um mercado muito apelativo, onde existem bons colecionadores de relógios de alta relojoaria e numerosos apreciadores de joias.
Qual é o mercado mais apelativo para a marca?
Todos os mercados são apelativos. No entanto, existem alguns que têm uma relação histórica connosco, como a França, a Inglaterra e os Estados Unidos, onde a Cartier está presente há mais de cem anos. Mas os tempos foram mudando e fomos criando novas relações empresariais com o Sudoeste Asiático, a América Latina e, claro, Portugal.
O atual contexto socioeconómico que se vive em Portugal é preocupante para o negócio da marca?
Quando tomámos a decisão de nos estabelecermos neste país, uma aposta a longo prazo, sabíamos que havia uma crise socioeconómica, mas estamos confiantes de que a situação vai melhorar. A Cartier é frequentemente considerada um investimento seguro. Somos uma marca com 160 anos, que já passou por várias situações historicamente difíceis e saiu sempre mais forte após os períodos mais instáveis.